Anatomia:
A coluna é formada por 33 vértebras (ossos), que são intercaladas por discos intervertebrais. Uma das funções destes discos é manter espaço entre as vértebras para a passagem dos nervos entre elas.
Os nervos que saem da coluna cervical possuem ramificações que se estendem para os ombros, cotovelos, antebraços, mãos, dedos e para a cabeça (região da nuca).
O que é a cervicobraquialgia?
A cervicobraquialgia é uma dor neurológica, causada por uma inflamação na origem ou no trajeto do nervo.
A principal causa em adultos jovens é uma herniação do disco vertebral na região cervical, que comprime a raiz nervosa.
Em idosos, a causa mais comum é a combinação de fatores: diminuição do espaço intervertebral e artrite.
Outras causas são: postura inadequada, tarefas repetitivas e sedentarismo.
Quais são os sintomas?
Dor, fraqueza e parestesia no pescoço e/ou irradiada para o membro superior. Espasmos musculares e fasciculações podem ocorrer na região inervada pela raiz nervosa comprimida.
Outros sintomas são: fraqueza, flacidez, perda dos reflexos, falta de coordenação, perda de força no punho, dificuldade de segurar objetos, de escrever e de realizar tarefas gerais com as mãos.
Dores de cabeça na parte posterior e dores irradiadas nas costas e região escapular também podem ocorrer.
Como é feito o diagnóstico?
O médico usará a história clínica, fará exame físico e avaliará um RX. Se isso não for suficiente para determinar o diagnóstico, ele poderá pedir uma RNM ou TC.
O que pode acontecer após a cirurgia?
O paciente pode ir para casa no dia da cirurgia ou na manhã seguinte. Recomenda-se
• Manter atividade restrita pelos 2 ou 3 dias seguintes, além de conservar a perna elevada, com o pé mais alto que o joelho e este mais alto que o quadril
• Começar a dobrar o joelho o mais cedo possível
• Usar muletas até que se possa andar quase normalmente
• Fazer alongamentos leves, se houver instrução médica
• Confirmar com o médico quando reassumir totalmente as atividades normais. O tempo de recuperação depende do que foi feito no ato cirúrgico e de quanta inflamação prévia (artrite) havia no joelho
• Perguntar quais as próximas etapas e quando retornar para um check-up
Qual é o tratamento?
O tratamento depende da causa do problema, mas costuma ser de fácil resolução. O médico poderá receitar antiinflamatório e analgésico. Além disso, ele poderá encaminhar o paciente para a fisioterapia.
O fisioterapeuta poderá fazer uso dos aparelhos, que tem função anti-inflamatória e analgésica, fazer alongamentos, exercícios para a cervical e tração cervical lenta e progressiva, que traz grande alívio aos pacientes.
ARTOPLASTIA OU PRÓTESE TOTAL DO QUADRIL |
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O que é?
É uma cirurgia que substitui a cartilagem e os ossos afetados por uma articulação artificial (prótese), composta por uma superfície plástica acoplada ao osso do quadril e por uma estrutura de metal inserida na parte superior do osso da coxa (Fêmur).
Por que realizar a cirurgia?
O principal objetivo dessa cirurgia é diminuir a dor da articulação e a incapacidade de realizar movimentos que, normalmente, decorrem da Artrite, mas também podem ser causados por quedas que levem a fraturas de quadril.
Quando a dor é muito severa, o indivíduo evita usar a articulação, levando à diminuição da força dos músculos que a movimentam, causando assim, maior dificuldade para a movimentação e mais dor.
Essa cirurgia é indicada, apenas, depois de todos os outros tratamentos conhecidos terem sido realizados, sem obtenção do alívio da dor.
Como será o período pós-cirúrgico?
O paciente ficará no hospital por alguns dias. Neste período, é comum sentir dores e incômodo, porém, o paciente receberá medicamentos, para deixá-lo o mais confortável possível.
Uma tala de posicionamento pode ser usada entre as pernas do paciente, para impedi-lo que as cruze, mantendo a prótese bem posicionada.
Grande parte dos pacientes, com ajuda do andador, já consegue levantar e dar alguns passos no dia seguinte da cirurgia. O médico determinará o peso ideal que a perna operada poderá apoiar, de acordo com o tipo de cirurgia.
Alguns movimentos devem ser evitados por algumas semanas, após a cirurgia, como: dobrar o quadril a mais de 90º, cruzar as pernas e rodar o pé, acentuadamente, para dentro ou para fora.
Ainda na cama do hospital, o paciente deverá fazer alguns exercícios para diminuir o edema e a dor causados pela cirurgia e também, para facilitar a circulação sanguínea, prevenindo a trombose venosa.
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1 - Movimentação do Pé:
Puxar a ponta do pé no sentido do joelho e depois no sentido contrário.
Repetir 20 vezes.
2 - Contração de Quadríceps:
Pressionar a cama com a parte de trás do joelho, manter 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes.
3 - Contração de Glúteos:
Contrair os glúteos, manter 5 segundos e relaxar.
Repetir 10 vezes.
4 - Elevação da Perna Estendida:
Com o joelho da perna operada, totalmente estendido na cama, elevar a perna, manter alguns segundos e descer.
Repetir 10 vezes.
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Outros exercícios podem ser feitos para recuperar a força, acelerando a recuperação do paciente.
Para realizá-los, o paciente deverá ficar em pé e apoiar as mãos em estrutura firme.
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1 - Flexão de Quadril:
Aproximar o joelho da perna operada do tórax, mas sem permitir um ângulo menor que 90º, entre sua perna e o seu tórax.
Descer a perna e repetir o exercício 10 vezes.
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2 - Elevação Lateral da Perna:
Erguer lateralmente a perna operada, afastando-a da outra perna. Certificar-se de que quadril, joelho e pé fiquem virados para frente, o tempo todo.
Voltar a perna para a posição inicial e repetir o exercício 10 vezes.
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3 - Elevação Posterior da Perna:
Levar a perna operada para trás e apoiar uma mão na parte inferior das costas, para não forçar a coluna.
Voltar para a posição inicial e refazer o exercício 10 vezes.
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Para sentar, o paciente deve se aproximar de uma cadeira firme, alta e com apoio para os braços, manter a perna operada estendida e sentar-se devagar sem inclinar o tronco para frente. Para levantar, o processo é o inverso; apoiar os braços no apoio da cadeira, manter a perna operada estendida e levantar-se também sem inclinar o tronco.
Para andar com o andador, o paciente deve ficar em pé na frente dele, movê-lo um pouco para frente, levantar a perna operada, para que o seu calcanhar encoste no chão antes do restante do pé. Dar um passo com a perna não operada e começar o processo novamente. Após algumas semanas, o andador é substituído por uma muleta ou por uma bengala, até a recuperação da força muscular e do equilíbrio.
A muleta ou a bengala, habitualmente, fica no braço contrário ao quadril operado. Os passos devem ser curtos e o paciente, ao se virar, deve tomar cuidado para não torcer o quadril.
Orientações para o dia a dia, em casa:
• Banho: O banho deve ser sentado e a perna deve ser mantida estendida. Por não poder encostar as mãos nos pés, deve-se usar uma escova longa para auxiliar o banho.
• Trocar de Roupa: Para evitar a flexão excessiva do tronco, o paciente precisará de ajuda para colocar a meia e o sapato.
• Sentar no carro: O assento do carro deve estar posicionado totalmente para trás. Sentar-se devagar, sem inclinar o tronco. Escorregar para trás, numa posição semi inclinada, levando o corpo e as pernas para dentro do carro.
• Subir e descer escadas: Para subir comece com a perna boa e para descer inicie com a perna operada.
No primeiro mês em casa, o paciente deve seguir as orientações que recebeu no hospital, manter os exercícios e as técnicas para sentar, levantar, deitar, subir e descer escadas, etc. As atividades do paciente devem ser aumentadas gradualmente, para obter o máximo de independência possível.
Do segundo ao sexto mês em casa, para continuar ganhando força e resistência, deve-se aumentar a freqüência dos exercícios e andar distâncias maiores; a marcha deve ter descarga de peso igual nos dois membros, o tempo dos passos deve ser similar nas duas pernas e o calcanhar deve tocar o chão antes de apoiar todo o pé em ambas as pernas.
Nesta fase, o paciente deve voltar a dirigir e retornar a algumas atividades físicas, como natação. O incômodo causado pela cirurgia deve diminuir, trazendo melhores resultados nas atividades realizadas no seu dia a dia.
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O que é a ruptura do menisco?
Os meniscos são estruturas de tecido fibrocartilaginoso, que se localizam entre o osso da coxa (fêmur) e o osso da perna (tíbia), ou seja, no centro do joelho. Cada perna conta com dois meniscos, o medial está na parte interna da perna e o lateral encontra-se na parte externa. O menisco medial é 20 vezes mais lesionado do que o menisco lateral. Eles agem como amortecedores de impacto e distribuidores das pressões que atingem a região.
Como o próprio nome diz, ruptura do menisco é uma lesão que ocorre nessa estrutura.
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Como ocorre?
Pode ocorrer durante uma torção com o joelho flexionado ou por conseqüências de processos degenerativos.
Quais são os sintomas?
Dor na articulação com edema imediato e fluído no joelho, chamado efusão. Alguns pacientes relatam o fato do joelho ficar travado em uma posição e de ouvir um estalo no momento da lesão.
O paciente pode ficar impossibilitado de dobrar ou estender a perna completamente.
Como é diagnosticada?
O médico examina o joelho e procura susceptibilidade à dor ao longo da linha da articulação. Ele movimentará o joelho em várias direções e isso talvez cause dor sobre a superfície do menisco lesionado.
Raios X podem ser solicitados para constatar possível lesão nos ossos do joelho, porém a ruptura do menisco não irá aparecer. Entretanto, a Ressonância Nuclear Magnética (RNM), por vezes, é útil no seu diagnóstico.
Como é tratada?
O tratamento pode incluir:
• Aplicação de compressas de gelo sobre o joelho por 8 minutos, com pausas de 3 minutos, repetindo até completar o ciclo total de 30 minutos, por 3 ou 4 dias ou até que a dor desapareça.
• Uso de um travesseiro embaixo da perna para elevar o joelho.
• Uso de uma faixa elástica em volta do joelho para diminuir o edema.
• Uso de muletas.
• Uso de antiinflamatórios ou analgésicos, prescritos pelo médico.
• Fisioterapia.
Quando retornar aoesporte ou à atividade?
O objetivo da reabilitação é que o retorno do paciente ao esporte ou à atividade aconteça o mais breve e seguramente possível. O retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.
Todos se recuperam de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.
O retorno ao esporte acontecerá, seguramente, quando o paciente:
• Dobrar e esticar totalmente o joelho, sem sentir dor.
• Recuperar a força normal da perna lesionada, em comparação à outra.
• Não apresentar mais edema no joelho.
• Correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar.
• Correr em linha reta a toda velocidade, sem sentir dor ou mancar.
• Fizer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Correr, desenhando no chão um "8", inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Fizer viradas bruscas a 90º, inicialmente a meia velocidade e, posteriormente, a toda velocidade.
• Pular com ambas as pernas e depois somente com o lado lesionado, sem sentir dor.
Como evitá-la?
Infelizmente, a maioria das lesões do menisco ocorre em acidentes imprevisíveis. Entretanto, podem ser evitadas se o paciente mantiver a musculatura da coxa forte e alongada.
Para esquiar, deve-se pedir ajuda a um profissional treinado para certificar-se de que as amarras do esqui estejam corretamente ajustadas e não se soltem, em caso de queda.
Exercícios de reabilitação da ruptura do menisco:
Os exercícios a seguir são apenas um guia de tratamento básico, por isso o paciente deve fazer a reabilitação acompanhado de um fisioterapeuta, para que o programa seja personalizado.
A fisioterapia conta com muitas técnicas e aparelhos para atingir os objetivos, como: analgesia, fortalecimento muscular, manutenção ou ganho da amplitude de movimento de uma articulação, etc, e por isso, o tratamento não deve ser feito sem a supervisão de um profissional.

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1 - Alongamento em Pé da Panturrilha:
Ficar de pé, com os braços estendidos para frente e as mãos espalmadas e apoiadas em uma parede na altura do peito.
A perna do lado lesionado deve estar, aproximadamente, 40 cm atrás da perna do lado são.
Manter o lado lesionado estendido, com o calcanhar no chão, e inclinar-se contra a parede.
Flexionar o joelho da frente até sentir o alongamento da parte de trás do músculo da panturrilha, do lado lesionado.
Manter essa posição de 30 a 60 segundos e repetir 3 vezes.
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2 - Alongamento na Parede da Musculatura Isquiotibial:
Deitar de costas no chão, com as nádegas próximas ao batente de uma porta aberta, de forma que a perna sã fique totalmente estendida através dela.
A perna lesionada deve estar sempre levantada e encostada contra a parede, de modo que seu calcanhar descanse contra o batente.
Um alongamento muito forte será sentido na parte posterior da coxa.
Manter por 60 segundos e repetir 3 vezes.
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3 - Elevação Com a Perna Estendida:
Deitar com a perna do lado lesionado estendida e a sã dobrada, com o pé apoiado no chão.
Puxar os dedos do pé da perna lesionada em direção ao tronco, o máximo que puder.
Contrair os músculos da parte de cima da coxa e levantar a perna estendida, de 10 a 15 centímetros do chão.
Manter a posição de 3 a 5 segundos e, lentamente, abaixar a perna.
Repetir 10 vezes e fazer 3 séries.
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4 - Deslizamento do Calcanhar:
Sentar com as costas eretas, sobre uma superfície firme e estender as pernas para frente.
Lentamente, deslizar o calcanhar da coxa lesionada em direção às nádegas, levando o joelho no sentido do tórax.
Retornar à posição inicial e repetir 10 vezes.
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5 - Deslizamento na Parede Com Bola:
Ficar em pé com as costas, ombros e cabeça encostados em uma parede, olhando para frente.
Manter os ombros relaxados e os pés, um pouco afastados da parede, separados na mesma distância dos ombros.
Colocar uma bola média entre os joelhos.
Sem tirar o tronco, a cabeça e os ombros da parede, agachar e, ao mesmo tempo, apertar a bola entre as pernas.
Manter essa posição por 10 segundos e, lentamente, voltar para a posição inicial.
Repetir 20 vezes.
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6 - Step Lateral:
De pé e de lado, com a perna lesionada em cima de um degrau e a perna sã no chão, colocar o peso na perna lesionada, estender o joelho enquanto tira a perna sã do chão.
Lentamente voltar à posição inicial.
Repetir 10 vezes o exercício
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